2º- História do dinheiro
2º- História do dinheiro



dinheiro 

 

O dinheiro tem a grande utilidade de dar às pessoas a capacidade de troca. Quando você precisa de algum item, de um objeto, de alimentos, você utiliza o dinheiro para a compra, entrega o dinheiro ao vendedor e recebe o que quer, isso é uma troca.

 

Antes do surgimento do dinheiro, essa troca era feita através de escambo, ou seja, quando alguém precisa de peixe, procurava alguém que tinha peixe em excesso e oferecia algo em troca do peixe.

 

As mercadorias trocadas estavam no seu estado natural, sofrendo a ação do tempo e do valor que representava para as atividades da população.

 

Essas mercadorias utilizadas causavam um problema, pois não era possível fazer uma mensuração de valor adequada para os itens que eram negociados, não era possível se ter uma base se era vantajoso para alguém a troca de, por exemplo, um boi por uma quantidade de peixes.

 

Com o tempo, algumas mercadorias passaram a ser mais procuradas do que outras, e essas mercadorias passaram a representar uma medida de valor, fazendo o papel de moeda, pois eram aceitas por todos.

 

Nesse período, o gado bovino foi muito utilizado, pois tinha algumas vantagens sobre os outros produtos devido à facilidade de locomoção, reprodução e a prestação de serviços da qual esses animais são capazes.

 

O sal também foi muito utilizado, principalmente no interior dos continentes, pois nesses territórios era muito difícil a obtenção do sal produzido nas regiões litorâneas. O sal  era muito útil, pois servia para conservar alimentos.

 

Tanto o gado como o sal deixaram marcas profundas na cultura até hoje, pois alguns termos que usamos como pecúnia (dinheiro), pecúlio (dinheiro acumulado) derivam da palavra pecus que significa gado. Do mesmo modo que a palavra salário que é derivada da palavra sal, esse que era utilizado no império romano como forma de pagamento pela prestação de serviços.

 

Com o tempo, o uso de mercadorias como forma de pagamento se tornou inconveniente devido à oscilação do seu valor, por não serem fracionáveis e por serem perecíveis, não permitindo aos seus donos o acumulo de riqueza.

 

Com o descobrimento do metal essa situação mudou. Com o descobrimento do metal o homem viu nesse elemento da natureza grande vantagem, primeiro para a fabricação de armas, depois de outros objetos. Devido a sua raridade, divisibilidade, facilidade de transporte, beleza e possibilidade de entesouramento, ou seja, não estragava com facilidade, o metal logo se tornou uma boa medida de valor para as trocas comerciais, primeiramente em seu estado bruto, depois em barras e também em forma de objetos.

 

O metal comercializado recebia uma aferição do seu peso, grau de pureza a cada troca. Mais tarde ganhou uma forma definida e peso determinado, recebendo marca indicativa do seu emissor e também do seu valor, assim as trocas comerciais ficaram ainda mais facilitadas, não sendo mais necessária  a pesagem sempre que uma troca comercial acontecia.

 

Com isso, os objetos de metal passaram a ser mercadorias muito apreciadas.

 

Evidentemente que para a produção dessas peças de metal, o individuo deveria ter, além da qualidade necessária na fundição, deveria ter conhecimento de onde encontrar tais metais, e com isso, todas essas especificações necessárias, o metal se tornou o objeto que era o representante de valor para todas (ou maioria) das atividades comerciais.

 

No século VII a.C surgem as primeiras moedas com o formato que conhecemos hoje. As primeiras são cunhadas na Grécia e na Lídia. As moedas sempre trouxeram uma característica especial: refletem a mentalidade e a cultura do povo que a emitiu. Podemos ver isso hoje em dia em todas as moedas nacionais, como por exemplo o real: notas com animais que representam a nossa fauna, moedas mais antigas do país com o rosto dos presidentes...

 

OURO, PRATA E COBRE

 

Os primeiros metais a serem utilizados na fabricação de moedas foram o ouro e a prata devido ao fato de serem mais raros e belos além de que na Babilônia, tanto a prata como o ouro, eram vistos como metais mágicos, ligados ao sol e a lua, assim o aspecto religioso além dos outros aspectos, fizeram com que o ouro e a prata se tornassem os preferidos na fabricação.

 

Durante muitos séculos os países cunharam em ouro suas moedas de maior valor, reservando a prata e o cobre para os valores menores. Estes sistemas se mantiveram até o final do século passado, quando o cuproníquel e, posteriormente, outras ligas metálicas passaram a ser muito empregados, passando a moeda a circular pelo seu valor extrínseco, isto é, pelo valor gravado em sua face, que independe do metal nela contido.

 

Com o advento do papel-moeda a cunhagem de moedas metálicas ficou restrita a valores inferiores, necessários para troco. Dentro desta nova função, a durabilidade passou a ser a qualidade mais necessária à moeda. Surgem, em grande diversidade, as ligas modernas, produzidas para suportar a alta rotatividade do numerário de troco.

 

Moeda de Papel

 

Na Idade Média, surgiu o costume de se guardarem os valores com um ourives, pessoa que negociava objetos de ouro e prata. Este, como garantia, entregava um recibo. Com o tempo, esses recibos passaram a ser utilizados para efetuar pagamentos, circulando de mão em mão e dando origem à moeda de papel.

 

No Brasil, os primeiros bilhetes de banco, precursores das cédulas atuais, foram lançados pelo Banco do Brasil, em 1810. Tinham seu valor preenchido à mão, tal como, hoje, fazemos com os cheques.

 

Com o tempo, da mesma forma ocorrida com as moedas, os governos passaram a conduzir a emissão de cédulas, controlando as falsificações e garantindo o poder de pagamento.

 

Atualmente quase todos os países possuem seus bancos centrais, encarregados das emissões de cédulas e moedas.

 

A moeda de papel evoluiu quanto à técnica utilizada na sua impressão. Hoje a confecção de cédulas utiliza papel especialmente preparado e diversos processos de impressão que se complementam, dando ao produto final grande margem de segurança e condições de durabilidade.

 

Formatos Diversos

 

O dinheiro variou muito, em seu aspecto físico, ao longo dos séculos.

 

Embora, hoje, a forma circular seja adotada em quase todo o mundo, já existiram moedas ovais, quadradas, poligonais etc. Foram, também, cunhadas em materiais não metálicos diversos, como madeira, couro e até porcelana. Moedas de porcelana circularam, neste século, na Alemanha, quando, por causa da guerra, este país enfrentava grave crise econômica.

 

As cédulas, geralmente, se apresentam no formato retangular e no sentido horizontal, observando-se, no entanto, grande variedade de tamanhos. Existem, ainda, cédulas quadradas e até as que têm suas inscrições no sentido vertical.

 

As cédulas retratam a cultura do país emissor e nelas podem-se observar motivos característicos muito interessantes como paisagens, tipos humanos, fauna e flora, monumentos de arquitetura antiga e contemporânea, líderes políticos, cenas históricas etc.

 

As cédulas apresentam, ainda, inscrições, geralmente na língua oficial do país, embora em muitas delas se encontre, também, as mesmas inscrições em outros idiomas. Essas inscrições, quase sempre em inglês, visam a dar à peça leitura para maior número de pessoas.

 

Sistema Monetário

 

O conjunto de cédulas e moedas utilizadas por um país forma o seu sistema monetário. Este sistema, regulado através de legislação própria, é organizado a partir de um valor que lhe serve de base e que é sua unidade monetária.

 

Normalmente os valores mais altos são expressos em cédulas e os valores menores em moedas. Atualmente a tendência mundial é no sentido de se suprirem as despesas diárias com moedas. As ligas metálicas modernas proporcionam às moedas durabilidade muito superior à das cédulas, tornando-as mais apropriadas à intensa rotatividade do dinheiro de troco.

 

 

Os países, através de seus bancos centrais, controlam e garantem as emissões de dinheiro. O conjunto de moedas e cédulas em circulação, chamado meio circulante, é constantemente renovado através de processo de saneamento, que consiste na substituição das cédulas gastas e rasgadas.

 

Depois do surgimento do papel moeda, novas formas de dinheiro têm surgido: cheques, cartões de crédito, débito, pagamentos digitais. Todas essas novas formas de dinheiro tem o único objetivo de tornar as trocas comerciais mais ágeis e seguras para ambas as partes (comprador e vendedor).

 

Mais dúvidas sobre esse tema, você pode utilizar como uma fonte de pesquisa o site do Banco Central do Brasil pelo link https://www.bcb.gov.br/?ORIGEMOEDA cujo muitos trechos foram utilizados na produção desse artigo.

 

 

Um abraço a todos.

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